Em certas horas,
em certos dias,
em certos momentos,
sinto em mim uma sôfrega vontade de parar!...
parar por completo!...
permanecer em descanso.
Parar de caminhar,
parar os braços e fechar os olhos...
parar de correr...
de perseguir o tempo,
parar estagnada,
e permanecer no silêncio da minha calma,
e paro!...
decididamente páro!
e parando vou criando,
essa calma que há tanto tempo procuro,
onde não me afogue nos meus passos,
nem me perca em distâncias loucas...
não quero prender-me,
nas varandas desse tédio negro,
que é não pensar em nada,
senão naquilo que me possa encher as mãos,
e nada vejo por entre correrias,
feitas por confusas sombras apressadas,
que se vão espalhando nas ruas desses espaços,
por entre minutos que me empurram ingratamente,
e fazem de mim uma simples viagante!...
que nem perceber por onde passa em cada instante!...
por isso quero parar!
deixem-me parar,
deixem-me olhar o céu azul e o verde mar!
deixem-me passear e beijar as crianças,
e encontrar um novo amor sorridente,
para que adormecendo na calma dum beijo feliz,
eu possa acordar num dia bem diferente!!!...
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
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